quinta-feira, 13 de setembro de 2012

PS contra mais sacrifÍcios

 

 
O Sr. Primeiro Ministro surpreendeu, mais uma vez, os portugueses.
O PS opõe-se ao conjunto destas medidas e ao que elas significam. Estas medidas ultrapassam todos os limites admissíveis.
Na prática, os reformados e os funcionários públicos ficam sem os dois salários ou pensões que já lhes tinham sido cortados este ano, e os trabalhadores do sector privado ficam sem o equivalente a um salário, o que se traduz, efetivamente, num aumento de impostos.
É mais do mesmo sobre os mesmos. Mais sacrifícios sobre os trabalhadores e os reformados. Não podem ser os trabalhadores a pagar a crise. Já vivemos no limiar das possibilidades e é insuportável mais carga fiscal e mais encargos.
Os portugueses este ano estão a fazer enormes sacrifícios e o que se sabe é que o Governo falhou as metas a que se tinha proposto. Ainda hoje o INE confirmou este falhanço do Governo. A que propósito se insiste no erro e em políticas que reforçam a espiral recessiva e levam a menos economia e mais desemprego?
Parece que a única preocupação do Governo continua a tentar ser um bom aluno da Troika, sem iniciativa ou capacidade para propor qualquer alternativa.
Os portugueses ficam com a certeza que o Primeiro Ministro e o Governo nada mais têm para oferecer do que uma política de austeridade. Esta é a sua política. Austeridade sobre austeridade, custe o que custar. Este governo não tem política económica, como não tem política europeia nem vestígios de sensibilidade social.
E os resultados a que assistimos só têm uma causa: a obsessão pela austeridade que agora se pretende reforçar. A espiral recessiva alimenta uma pretensa necessidade de novas medidas que, por sua vez, só alimentam o problema. É tempo de dizer Basta.
Há outro caminho. A prioridade deve ser o crescimento e o emprego e o Governo tinha obrigação de negociar mais tempo, para um ajustamento mais sustentável, que os portugueses suportassem e que promovesse a competitividade do país.
Hoje, como sempre no último ano, o Governo agiu sem ter em conta as propostas do PS e a voz de tantos portugueses que alertam para a necessidade de uma política alternativa. Também aqui o Governo cometeu um grave erro político.