Em entrevista à RTP, José Sócrates garantiu que o seu maior "interesse é governar bem o país".José Sócrates afirmou ainda, que é errado pensar que os investimentos públicos são apenas no TGV e no aeroporto: "O essencial do investimento público sao as escolas, as barragens, os hospitais e as creches."
O primeiro- ministro adiantou que desde que foi eleito "estou a tentar negociar com todos os partidos. Sempre tive consciência da dureza da governação que é exigida neste momento. Sempre me empenhei para chegar a acordo com outros partidos. Fiz isso a propósito do OE, do PEC e fiz agora porque tenho consciência dos problemas do país. O meu interesse é governar bem o país."
O primeiro ministro sublinhou que "as medidas [de austeridade] só têm o apoio do PSD até final 2011".
Explicando que "o mundo mudou" no final de abril e no princípio de maio, Sócrates lembrou que "os juros das Obrigações do Tesouro passaram de cerca de 5 por cento, e uma semana depois estava nos 7 por cento".
"O mundo mudou nessa semana", enfatizou o chefe do Governo, tendo havido "mudanças muito significativas nos mercados internacionais" e um ataque "especulativo e inesperado ao euro".
"Essas três semanas [entre o final de abril e meados de maio] foram decisivas para mudar toda a Europa", disse o líder do executivo, salientando que os outros países europeus também estão a tomar medidas para acelerar a redução do défice.
"Não peço desculpa por cumprir o meu dever e fazer o que é imprescindível para defender o país. Teria de pedir desculpa se não tivesse a coragem de tomar as medidas necessárias", respondeu o líder do executivo.
José Sócrates reforçou depois que "só pode desculpa quem não faz aquilo que deve" e que "a ética da responsabilidade deve prevalecer".
José Sócrates reforçou que é falso pensar que os investimentos públicos, se concentram apenas, no TGV e no aeroporto: "A ideia de quebo investimento público se concentra no TGV e no aeroporto, é uma ideia falsa. O essencial do investimento público são as escolas, as barragens, os hospitais e as creches. Não podemos gerir um país com base no medo, temos de ter confiança.