quinta-feira, 6 de março de 2008


Resultados escolares de 2006/07 foram os melhores desde 1996

Ministério da Educação


Resultados 2006/07
Nível das reprovações e desistências cai para o valor mais baixo da última década.
No ensino básico há um ganho de 33 por cento desde 1996/97. As evoluções mais significativas verificam-se no 1.º ciclo. No ensino secundário a taxa baixa seis pontos percentuais em apenas um ano, graças à redução de 10 pontos percentuais registada no 12.º ano.
Os resultados escolares do ano lectivo de 2006/07 apresentam uma melhoria acentuada em todos os ciclos de ensino, indicam os valores apurados pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) relativos à taxa de retenção e desistência (1).
Esta melhoria é evidente face ao ano lectivo anterior e permite que os valores apresentados se situem nos níveis mais baixos da última década.
No ensino básico, esta taxa cai de 15,0 por cento em 1996/97 para 10,0 por cento no último ano lectivo, depois dos 10,6 por cento em 2005/06 – verifica-se assim uma melhoria de 33 por cento em dez anos.
No ensino secundário, a evolução permite passar de 35,9 por cento em 1996/97 para 24,6 por cento em 2006/07.
Mais de metade desta redução da taxa em 11 pontos percentuais ao longo de uma década verifica-se no último ano lectivo que, ao apresentar o valor de 24,6 por cento, ganha quase seis pontos percentuais face ao anterior (30,4 por cento) e cai abaixo do patamar dos 30 por cento, facto inédito na década.
A desagregação da informação permite observar uma forte progressão no 1.º Ciclo, cuja taxa de 3,9 por cento no último ano lectivo compara com 4,3 por cento no ano anterior e 10,8 por cento em 1996/97.
No 2.º Ciclo, por sua vez, os ganhos permitem reduzir a taxa de 14,8 por cento em 1996/97 para 10,3 por cento uma década depois, enquanto no 3.º e último ciclo do ensino básico os ganhos são de dois pontos percentuais (de 20,4 para 18,4 por cento) no mesmo período de tempo.
No ensino secundário sobressai a evolução observada no 12.º ano, cuja taxa de retenção e desistência é de 36,7 por cento, após os 46,5 por cento em 2005/06, evolução tanto mais de realçar quando em seis dos últimos dez anos esta taxa rondou os 50 por cento, tendo mesmo igualado e excedido esta percentagem, respectivamente, em 1999/00 e 2000/01, com 52,8 por cento.
Esta melhoria dos resultados, que vai de par com o aumento do número de estudantes nas escolas, resulta desde logo do trabalho dos professores e das escolas.
Já em 27 de Novembro último, em artigo de opinião publicado no Jornal de Notícias a ministra Maria de Lurdes Rodrigues escrevia que «as escolas e os professores têm vindo a fazer um trabalho persistente no combate ao insucesso escolar e ao abandono precoce, com resultados que são visíveis para milhares de jovens e para as suas famílias, que encontram hoje nas escolas respostas para os seus problemas».
Acrescentava ainda na ocasião que «é preciso fazer mais. Estamos ainda longe das metas e dos objectivos que todos pretendemos alcançar. Não podemos descansar sobre estes resultados. Mas a tendência é claramente de recuperação de alunos e de melhoria dos resultados escolares, pelo que há razões para estarmos optimistas».